Bebemos nos ritmos, gestos e significados do mundo afro, no modo de vida bantu impresso no corpo nacional e nas manifestações da cultura brasileira. Comemos teatro, música, dança e mergulhamos na roda mágica da capoeira, durante mais de um ano. E ao som do berimbau, instrumento sagrado da capoeira, apresentamos o resultado de um processo auto-gestivo, onde todos nos tornamos intérpretes-criadores do espetáculo.
Trouxemos nossas indignações, necessidades e sonhos para a dramaturgia. Refletimos sobre a maneira como o homem vive no planeta Terra, refutando o ser pelo ter. Descobrimos na
capoeira angola uma prática libertadora e expressiva, que ajuda a manter e criar nossa identidade. Uma cosmo visão que mostra que é possível reunir o que hoje está fragmentado.
O corpo, nosso ser.
Nos reconhecemos como cidadãos planetários na busca de zonas autônomas temporárias, espécie de quilombo moderno onde podemos viver nossa natureza.
Vivenciamos a originalidade de cada um, reconhecendo a cultura brasileira como um caminho à ecologia social e uma postura ético-estética na vivência da natureza individual e coletiva.
Oferecemos a Árvore Sagrada como um carinho, um afago, um ato de amor, uma vontade imensa de viver, de trocar.
À natureza, nossa forma de amor mais sagrado.
Dedicamos este espetáculo a todos os seres e bandos que se encontram nesse planeta e a Milena Hipólito, nossa companheira de arte que pulsa em nossos corações!
Bom espetáculo!
Axé!
Bando Árvore Sagrada
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